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Professor Iberê
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Quanto cobrar num projeto de reforma de uma edificação?

Por Arq. Me. Iberê Moreira Campos e equipe

A primeira coisa é fazer uma estimativa do gasto e dos trabalhos do arquiteto que serão necessários, de acordo com o que foi explicado na aula (custo pelo CAU, etc.). Uma obra destas não se recomenda fazer por administração, visto que para tanto você precisaria ir quase todos os dias para Vinhedo ou então ficar por lá alguns dias da semana, ainda mais que a leitora ainda não tem prática com obras (pelo que ela mesma conta). Então, o ideal seria fazer apenas a fiscalização da obra, cobrando por visita ou então um valor mensal. Desculpe-me não poder ser mais específico, mas não conheço o caso e foram poucas as informações fornecidas.

Réplica da leitora

É uma reforma de interiores. Já consegui alguns valores de materiais e móveis para a estimativa do gasto. Posso cobrar 1% para fazer um projeto bem detalhado e falo para eles procurarem todos os fornecedores, e posso fazer algumas visitas para ver se está de acordo. Para eu procurar todos os fornecedores ficaria mais caro, certo? Eles disseram que dispõem de mais ou menos 55 mil, mas imaginam que devem ter até uns 60 mil. Gasto R$ 65,00 de gasolina e pedágio, seria muito abusivo cobrar R$ 100 pela minha visita?

Nossa Resposta

Parece que a arquiteta deve estar muito querendo esse trabalho, mas está sendo “boazinha” demais com o cliente e pode acabar se prejudicando... Veja, um projeto de decoração não pode custar apenas 1% do valor do objeto. Isto é o que se cobra para fazer um projeto grande, como o de um prédio de apartamentos. Decoração é um dos projetos mais caros que existem, porque é trabalhoso para o profissional... Pode-se gastar um dia inteiro só para definir as cores de um único ambiente, e isto não vale apenas 1% do valor da obra.

Um trabalho de decoração geralmente é cobrado na faixa de 10 a 20%, claro que variando para mais ou para menos de acordo com o cliente, o profissional e a situação, mas nunca seria de 1%.

O mesmo se pode dizer em relação à visita. Se o profissional vai gastar R$ 65 só de gasolina e pedágio, certamente não poderá cobrar apenas R$ 100 a visita. O carro não gasta só gasolina, tem o desgaste do equipamento, pneus, óleo, manutenção, o tempo que gastamos dirigindo, etc.

Aliás, o tempo do profissional é o mais caro disso tudo. Um arquiteto que se preza não pode cobrar menos de R$ 50 a hora, a valores de 2017, mas acredito que se fizermos as contas na ponta do lápis não vai custar menos de R$ 80 mesmo se formos condescendentes e deixarmos de cobrar despesas como aluguel, telefone, impostos e coisas assim. Se colocarmos só o tempo de viagem, digamos, 1 hora para ir, e outra para voltar, já teríamos que cobrar R$ 65 + 50 + 50 = R$ 165, fora o tempo que vai gastar no local.

Agora, o “balde de água fria final” (desculpe...)... Um capital de R$ 55 mil para gastar com decoração é relativamente pequeno... Um jogo de sofás, uma mesa de jantar e 6 cadeiras de qualidade razoável (nem estou falando de algo de grife) já vai custar por volta de 15 a 20 mil. Uma pintura bem feita vai custar mais ou menos isso também. Se formos mexer na cozinha, outro tanto desses e... Bem, acabou-se o dinheiro...

Num orçamento assim limitado, talvez seja melhor a arquiteta cobrar apenas para fazer algumas reuniões, para analisar o caso e dar algumas idéias, eventualmente acompanhar o proprietário a algumas lojas e pronto. Acredito que haverá pouca oportunidade para fazer um projeto de decoração, como manda o figurino e como gostaríamos de fazer...

Mas trabalho é trabalho, o jeito é obter o máximo que conseguir e seguir em frente. Nunca se sabe se este cliente vai indicar outro cliente, ou se de repente esse mesmo cliente resolve investir um capital maior. Mesmo que o arquiteto tome prejuízo num trabalho inicial, a gente precisa começar por algum lugar, não é mesmo? Então vamos em frente!

Publicado em 03/04/2018 às 17:53 hs, atualizado em 03/04/2018 às 17:55 hs


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