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Professor Iberê
Arquiteto, Psicanalista e escritor
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O arquiteto ou engenheiro deve cobrar taxa de visita para “dar uma olhada”?

Por Arq. Me. Iberê Moreira Campos e equipe

Sugerimos aplicar nestas questões o velho ditado de que “combinado não é caro”. Antes de fazer o atendimento o profissional deve explicar o que pretende fazer e quanto irá cobrar por isso, já prevendo as possíveis situações que podem ocorrer, por exemplo, como fará se não puder dar a resposta na hora, como fará o orçamento e como será o pagamento, com detalhes: se aceita cheque, cartão, se tem prazo, parcelamento, etc.

Na questão da visita técnica, é preciso ressaltar que o profissional vai gastar tempo e ter despesas para deslocar-se. Isto tem um custo, que precisa ser pago por aquele atendimento, e para tanto existem vários critérios que podem ser usados. Veja alguns:

1 — Cobrar apenas a primeira hora mais as horas adicionais - O profissional cobra a primeira hora, e o preço da visita fica embutida nela. É como se estivesse fazendo um investimento, ou seja, aposta que conseguirá fazer o atendimento em menos de uma hora, ou então que o cliente vai concordar em pagar as horas adicionais se a questão for mais complexa e não for possível de resolver na primeira hora. Um exemplo de atendimento assim: “eu posso atendê-la hoje, conte comigo. Eu cobro R$ 150 a primeira hora, e R$ 80 as demais. Mesmo que o atendimento dure menos que 1 hora, eu cobro os R$ 150 da primeira hora para ressarcir o meu deslocamento.”

2 — Cobrar visita e a primeira hora se o atendimento passar de x minutos - Neste caso, a visita é cobrada à parte, e a primeira hora será cobrada se o atendimento durar mais do que o tempo previamente estipulado (geralmente, 15 minutos). Um exemplo: “posso sim ir no seu endereço hoje às 14 hs. Eu cobro R$ 150 a visita e R$ 80 a hora-técnica, com tolerância de 15 minutos na primeira hora. Assim, se o serviço durar menos de 15 minutos eu cobro só a visita”. Isto é bom para aqueles casos em que o profissional é chamado apenas para “dar uma olhada” ou quando já se sabe que o serviço provavelmente será simples, como é o caso de verificar o serviço de um pedreiro ou para explicar como fazer o assentamento de um piso.

3 - Cobrar a visita só se o serviço demorar menos de 1 hora - É uma variação do item anterior. O profissional estabelece o valor para a visita e para a hora-técnica, mas cobrará a primeira hora apenas se o serviço demorar mais do que 1 hora. Um exemplo: “estarei aí às 15 horas, com certeza. Para fazer este atendimento, eu cobro R$ 150 da visita e R$ 80 a hora-técnica. Se for coisa rápida, digamos, de até 15 minutos, eu cobro só a visita. Se demorar mais que isto, eu cobro a visita e mais as horas que eu ficar aí.”

4 - Cobrar a visita apenas se o orçamento do serviço não for aprovado ou se não puder executar o serviço - Neste caso o técnico estabelece o valor da visita, mas deixa claro que ela só será cobrada se o orçamento que fará não será aprovado ou então se não houver condições para a execução do serviço. Digamos que o profissional foi chamado para verificar a instalação elétrica, que não estava funcionando em uma parte do imóvel. Verifica que o problema está na rede da concessionária, e assim não poderá fazer nada além deste diagnóstico. Neste caso, cobrará apenas a visita, afinal, perdeu tempo e gastou para deslocar-se. Neste mesmo exemplo, se o profissional constatar que o defeito é da rede interna, deve localizar o problema e apresentar seu orçamento, que incluirá entre outras coisas o valor da visita. Se o orçamento não for aprovado, então o cliente pagará apenas o valor da visita.

5 - Não cobrar visita. Existem profissionais que trabalham assim, ou seja, vão até o local, fazem o diagnóstico e apresentam seu orçamento. Se o cliente não aprovar o valor, então o ele vira as costas e vai embora. Perdeu seu tempo e dinheiro. Nestes casos, o que acontece é que alguns clientes aceitam e outros não, e o profissional já sabe disto e embute o valor da visita pela média dentro dos orçamentos que vai fazendo. Esta modalidade de atendimento é viável apenas nos casos de clientes próximos, já conhecidos, caso típico dos profissionais que só atendem em seu bairro ou nas pequenas cidades.

Uma dica adicional: o profissional não deve ter medo de “perder” o cliente. Se não proceder assim, com clareza, desde o primeiro contato, e o cliente não valorizar e não acreditar nele, qualquer atendimento que o profissionalo o force a fazer será mal sucedido. Vai sempre ficar a desconfiança por parte do profissional, que pode achar que o cliente não o remunerou à altura, ou então por parte do cliente, que pode achar que o profissional cobrou muito caro ou que não o atendeu como devia. Assim, é claro que devemos procurar um critério justo, mas o importante mesmo é combinar este critério antecipadamente. Nada de “depois a gente acerta”.



Publicado em 31/08/2007 às 09:45 hs, atualizado em 27/03/2018 às 07:14 hs


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